lei 6583/13. Art. 2º: Para os fins desta Lei, define-se entidade familiar como o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
Essa historia começou quando o meu avô, que nasceu na cidade de Joaçaba localizada no oeste do estado, resolveu junto com a minha vó e uma penca de filhos á vir morar na cidade de Florianópolis (Santa Catarina). Junto com essa "penca" de filhos estava o meu pai, Sergio Alexandre da Silva, que se casou com uma moça linda, Suzana Alexandre da Silva que é uma das mulheres que eu mais sinto orgulho no mundo!
A minha história começou no dia 22 de fevereiro de 1986. Fruto de um relacionamento entre Sergio e Suzana. Meu pai e minha mãe souberam dar bons exemplos de: Respeito, Amor, Cumplicidade, Caráter Dignidade, Humildade... E principalmente, que essas atitudes são independentes de orientação sexual e identidade de gênero. Considero-me uma pessoa bastante sortuda, nasci em "berço de ouro" sendo uma criança desejada fruto de um casamento que já duram 31 anos.
Meu primo do coração, não nasceu com a mesma sorte: Sua mãe biológica era muito nova e tinha alguns problemas com drogas e outros filhos mais velhos e resolveu entregar o ultimo para adoção... Meus tios, são os melhores pai e mãe do coração que uma criança até então institucionalizada jamais poderia sonhar. Outro exemplo; é o meu primo de 2° grau, filho de mãe solteira, que sempre fez brilhantemente o papel de pai e mãe para ele e suas outras três irmãs... Ele é homossexual, e já demonstrou querer adotar uma criança com o seu parceiro e assim constituir uma Família.
Sempre entendi que Família é um grupo de pessoas ligados pelo laço do amor! Eu e meus primos (de coração e de 2° grau) somos a prova que "família é tudo igual" e bem estranhas na maioria das vezes...
Família: É formado por pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimonio ou adoção.
FAMILIA |
Em 2001, Aconteceu um caso que ficou bem conhecido na sociedade brasileira pelo fato de envolver um casal "homoafetivo". Cássia Eller, morava com sua namorada, Maria Eugênia Vieira Martins, com a qual criava seu filho Francisco, que era chamado carinhosamente de Chicão pelas duas. Quando a Cássia veio a falecer em razão de um infarto do miocárdio repentino. Após a disputa pela guarda do Chicão, ficou com a Maria Eugênia em termos jurídicos. A importância do caso se deu na esfera social.
Naquele momento, o que ficou evidente para toda a sociedade, foi a questão da maternidade. Ficou muito claro que a M° Eugenia era a mãe dele, a partir das fotos, vídeos, depoimentos de professores, psicólogos, amigos, que atestaram que ela estava na vida do Chicão desde o nascimento, como mãe. De alguma forma, o afeto e o amor vieram em primeiro lugar. Aquela criança foi amada e não pesou o fato de ter sido por duas mulheres. Naquela época, a opinião pública acolheu pois era muito claro que apesar da morte da mãe a M° Eugenia era o único parente próximo daquela criança.
Hoje lendo a lei 6583/13 senti que a sociedade retrocedeu depois de14 anos desse caso. Em vez de, evoluirmos nos nossos próprios conceitos e atitudes. Estamos retrocedendo com pensamentos e pré-conceitos da idade da pedra... Antigamente, a câmera dos deputados tinham assuntos mais relevantes para discutir na camera de deputados do que, a sexualidade de cada individuo ou sobre o conceito de família.
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