se inspirou nesse outro blog genial aqui .
Escrevo-te essas mal traçadas linhas em uma folha de caderno. Pois, não pretendo que leias a minha carta por ai, sendo que, o remetente desses versos é você. Prometi para mim mesma que, eu iria escrever (te) quando eu organizasse todos os sentimentos acumulados e bagunçados dentro de mim. Hoje já faz 1 ano que você me mandou aquela mensagem por SMS terminando tudo... E logo depois, aquele encontro desastroso no Shopping. Irônico não? Era o nosso lugar preferido; para ir ao cinema namorar e passear... Terminamos ali, no mesmo lugar que começamos...
Depois de ter passado o temporal, a raiva e a choradeira... Consegui compreender tudo que tinha acontecido... As coisas aconteceram rápido demais, e o pior, sem a pretensão de ser algo de verdade. Sim, não digo que os meus sentimentos eram de mentiram, mas, não precisávamos sentir de uma maneira tão exagerada... Claro, que tive outros rolos antes de você... Mas, ir a festas de família e passar o final de semana um na casa do outro, não é convite que fazemos para uma pessoa qualquer...No final, nem eu mesma sabia se tínhamos exagerado na dose transformando o nosso namoro em um fardo pesado demais para carregar.
Mostrei para você uma vez, o texto do Caio Fernando de Abreu e ficou subentendido que o nosso “namoro” era um barco. Não tem jeito certo de entrar em um barco, a única regra seria remar juntos. Sem essa de, um se doar mais que o outro... Eu topei entrar nesse barco, mas pra isso queria que você remasse junto comigo! Lembra? Eu larguei passado e cicatrizes... E o meu coração estava totalmente aberto para vivermos juntos uma história bacana. Mas, eu estava sozinha mesmo estando acompanhada. No final você entendeu tudo errado! Eu não queria a sua presença e sim a sua companhia... Na primeira conversa, brigamos por motivos idiotas... Eu não quis colocar um ponto final e desde ai as coisas não mudaram... Ficou uma disputa quem feriria o outro primeiro e quem sairia ferido.
Além de parar de remar, você me abandonou naquele barco... E desde então, pulei fora também e nadei até o meu porto seguro (para onde sempre vou quando as coisas não vão nada bem...). Durante um tempo, implorei (em silêncio) para ter sua companhia por tantos momentos maravilhosos em que eu vivi desde então; Voltei para a faculdade, fiz estagio obrigatório, arrumei um emprego; nos shows que fui e até em uma viagem para o Rio Grande do Sul para uma cidadezinha próxima a Porto Alegre. Era o nosso sonho lembra? Tomar Coca-Cola e comer bacon no parcão. Sabia que era um sonho bastante improvável de acontecer, mas, não pensei que nunca iriamos realizar esse sonho juntos.
No dia dos namorados, você me deu de presente um livro indicado por um amigo... Você nem se deu o trabalho de escolher uma leitura que pudesse me agradar. Eu não queria um livro... Aliás, eu odeio ganhar livros de presente! Um cartão (assinado dessa vez!) com alguns versos já estava bom... Uma coisa que você nunca soube é que, eu estava economizando dinheiro para comprar um presente bacana para o seu aniversário (um mês depois...), mas, aquela fotografia na porta retrato e aquele cartão com um trecho da musica da banda Soulstriper foi o presente mais bonitinho e original que eu já dei para alguém... Mas você foi embora antes... Sem nenhuma possibilidade de voltar.
Das poucas vezes que conversamos sério, você sempre dizia; “Se um dia eu terminar com você eu não volto...” mas uma das coisas que eu nunca te falei é que; “eu não corro atrás de ninguém!” e o mais importante “Eu não dou segundas chances...”. Depois do vexame do Shopping com você olhando nos meus olhos e dizendo que não queria mais nada comigo... Resolvi te respeitar, e te bloqueei de todas as redes sociais (Facebook, Instagran e Twiter).
Participávamos de um chat no facebook em comum, sem querer acabei te desbloqueando, Sem nenhuma pretensão de querer saber qualquer noticia sua. E depois de 1 ano e meio eu não pensei que você fosse tão... Cara de pau! De me adicionar novamente e o pior, vindo com uma conversa mole “Oi como você esta?”, e “Só estou tentando conversar com você normalmente.”.
Depois de dar uma gargalhada nervosa que ecoou nos quatro cantos do meu quarto... Respondi com um “What?”, pois, não deixasse essa possibilidade... A imagem de você indo embora ainda é muito presente. Um tempo depois, percebi que foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido. Pensei em dar corda... Para ver até onde você iria. Mas, lembrei que foi isso que eu fiz na primeira vez que te conheci e quem quase se enforcou fui eu! Já perdemos muito tempo forçando uma situação que ambos não se esforçam nem um pouquinho para dar certo.
Então faz assim, economiza o teu tempo... e principalmente, economiza o meu...
As vezes é bom exorcizar certas situações, o fim por mais complicado que possa ser em algumas situações são a melhor alternativa, li uma vez que não é a maneira que a pessoa chega ou entra em nossas vidas mas como ela sai que nos mostra o caráter da mesma, sem querer falar mal de ninguém mas algumas pessoas fazem um estrago e roubam o nosso tempo... Ainda não li a proposta desse projeto ou desafio, logo não sei se é pessoal mas se for é uma situação que a maioria de nós já passamos um dia... O bacana é que a culpa foi divida isso mostra amadurecimento, se for pessoal parabéns or superar e que bons ventos te tragam novidades
ResponderExcluirUm abraço o/
Tão triste quando termina desse jeito não é? Eu queira focar que toda essa história é só literatura, mas nunca é só e somente só literatura né?
ResponderExcluirApesar dos pesares, achei ótima a carta! Tomara que ele a leia. É um tanto merecido. Hahah
Beijossssss!
Que forte, Mila! É realmente difícil remar sozinha no barco, né.. E, terminar por SMS? Socorro, gente! Quanta insensibilidade!
ResponderExcluirBeijos
Sempre recorro à escrita para me livrar desses sentimentos. Já escrevi uma carta parecida.
ResponderExcluirQuando estamos remando sozinhos, o melhor mesmo é abandonar o barco.
Que encontremos alguém para remar junto conosco!
Camyli, se eu pudesse grifar partes deste texto, o faria.
ResponderExcluirE concordo com a Maria Fernanda Probst, tomara que ele leia.
: )
Quando o coração é machucado ele demora um certo tempo para se remendar. As vezes nem conseguimos fazer isso sozinha, precisamos de ajuda. E quanto mais o passado volta, mais o coração fica dolorido, apertado. Nada melhor que escrever para tentar curar um pouco as dores do coração.
ResponderExcluirUm cheiro!
www.vinteetantos.com
Vibrante e profundo. Quem nunca se sentiu assim?
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