13 de abril de 2018

Filme: Elis Regina


Ficha técnica:

Direção: Hugo Prata
Roteiro: Luiz Bolognesi, Vera Egito, Hugo Prata
Elenco:  Andréia Horta, Lúcio Mauro Filho, Gustavo Machado, Ícaro Silva, Caco Ciocler, Julio Andrade
Nacionalidade e lançamento: Brasil, 24 de novembro de 2016.


Sinopse: cinebiografia de uma das maiores artistas brasileiras de todos os tempos, a gaúcha Elis Regina Carvalho Costa. Acompanhando desde o começo do sucesso da cantora até o precoce falecimento.A voz de Elis Regina acompanha gerações. O sucesso da “pimentinha” nos anos 60/70 repercute até hoje. Não raro vemos especialistas a colocarem como a maior cantora nacional. O longa Elis se propõe a nos conduzir por quase duas décadas da vida da artista, entre 1964 e 1981. Vemos o início da carreira, a participação no festival da TV Excelsior, o sucesso internacional, a questão com a ditadura, além dos dois casamentos e filhos.


Abrir o filme com “Como Nossos Pais” foi um grande acerto. Pega em cheio os fãs e já marca a potência vocal e emocional da personagem. No inicio do filme vimos a sutileza e vigor que Elis merecia. No meio de uma narrativa atropelada e com algumas opções bem questionáveis.

O pai de Elis é apresentado exclusivamente como uma figura que só pensa em dinheiro... ou a falta do mesmo. Toda cena que ele aparece há esse viés. Independente de isso refletir ou não a personalidade de Romeu Costa, tal elemento fica redundante e maniqueísta. A figura paterna some ao longo do filme e a materna nem aparece... Basicamente foi: “temos que mostrar o pai, vamos jogar aqui no começo de qualquer jeito”. Problema, aliás, presente durante toda a expressão cinematográfica.

Desde que eu soube que a Andréia Horta iria interpretar a Elis... eu fiquei apreensiva não por causa de sua atuação, mas por não conseguir ver semelhança com a cantora... Usando com constância o indefectível sorriso de Elis, traço que de fato não poderia ficar de fora. Contudo a atriz se apóia nesse maneirismo por mais vezes que o necessário. Ficando um personagem caricato Apesar dela emular de forma eficaz a movimentação da cantora, a interpretação fica cansativa e pode até afastar o público.

Todavia, o que é mais problemático, A opção de usar a voz da Elis nas apresentações musicais. Eu esperava uma interpretação da atriz principalmente nas musicas. A voz não combinava e mesmo a dublagem estando síncrona, havia um certo descompasso incômodo. 


O filme Elis é daqueles casos que a personagem é mais interessante que o filme. O final é o ápice da mão pesada do diretor. Não ficou claro o real motivo da sua morte "O fato foi que ela consumiu uma quantidade de cocaína com Cinzano. A bebida potencializou o efeito da droga, ela teve uma parada cardíaca e morreu.". Só mostrou o abuso de bebida alcoólica. Na tentativa de dar mais emoção, ele usa de um dos recurso piegas. Elis não é um desastre cinematográfico (quase consegue tal feito), mas se boicota a todo instante e considerando o material que tinha em mãos poderia entregar muito mais.



1. COMO NOSSOS PAIS

2. MENINO DAS LARANJAS

3. ARRASTAO (GRAVAÇAO ESTUDIO)

4. UPA NEGUINHO

5. CINEMA OLYMPIA

6. ATRAS DA PORTA

7. MADALENA

8. CABARE

9. FASCINAÇAO

10. O BEBADO E A EQUILIBRISTA

11. AOS NOSSOS FILHOS

12. VELHA ROUPA COLORIDA

13. A NOITE DO MEU BEM

14. DEUS LHE PAGUE

15. O PATO (LENIE DALE &; SAMBALANÇO TRIO)

16. BORANDA (NARA LEAO)

17. O SOL NASCERA (A SORRIR) (CARTOLA)

18. IN AND OUT OF LOVE (DIANA ROSS & SUPREMES)

19. SAMBLUES

20. COMEÇO





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