29 de dezembro de 2018

LADO MILLA AWARDS : Novelas do ano


No LADO MILLA AWARDS 2018  de hoje escreverei sobre as novelas que vi nesse ano. Nesse ano, usarei a lista cronologica do site Teladramaturgia juntamente com a minha humilde opinião enquanto telespectadora.


Deus salve o Rei




Idade Média. Na região de Cália, os reinos de Montemor e Artena vivem em paz há muito tempo. Até que algumas escolhas de seus monarcas e suas consequências interferem diretamente no curso da história. Afonso (Rômulo Estrela), príncipe herdeiro de Montemor, é um homem honrado, justo e que, desde criança, foi preparado para, um dia, assumir o trono. Exatamente o oposto de seu irmão caçula, o irresponsável e inconsequente Rodolfo (Johnny Massaro), que só pensa em aproveitar as mordomias de sua vida de príncipe. Os dois são netos da Rainha Crisélia (Rosamaria Murtinho), que está doente e percebe – a cada dia – a urgência de nominar um sucessor para seu reino, que naturalmente seria Afonso, o mais velho.

Artena, o reino vizinho, é governado pelo Rei Augusto (Marco Nanini), um homem sábio e benevolente, que tem em sua filha, a Princesa Catarina (Bruna Marquezine), sua sucessora. Mas ela, ao contrário do pai, tem planos ambiciosos para seu reino, e não medirá esforços para conquistar seus objetivos. Com esperança de que um dia as atitudes da filha mudem, Augusto procura um pretendente que consiga frear as rédeas de sua ambição. E encontra em Istvan, o Marquês de Córdona (Vinicius Calderoni), o homem ideal. Contra a vontade da filha, ele programa seu noivado. Até a chegada de Constantino, o ardiloso Duque de Vicenza, em quem Catarina encontra um forte aliado.

Montemor é um reino próspero, rico em minério de ferro, mas onde falta algo essencial para sua subsistência: água. Artena, por outro lado, tem este recurso em abundância. Um acordo vigente há muitos anos entre os dois reinos garante que o minério produzido em Montemor seja fornecido a Artena em troca de sua água. A morte de Crisélia abala perigosamente a paz até então mantida entre os dois reinos. Afonso logo deverá se tornar rei, mas o amor pela plebeia Amália (Marina Ruy Barbosa), de Artena, o faz abdicar do trono, entregando o posto a seu despreparado irmão, o que torna ainda mais delicadas as relações com o reino vizinho. E, neste momento, Catarina tem uma grande oportunidade de colocar em prática seus planos expansionistas.



Sintuação: Deus Salve o Rei foi uma das novelas mais pretensiosas já produzidas pela Globo. O risco era enorme e o investimento altíssimo. Abusou-se dos mais modernos recursos de computação gráfica e efeitos especiais, que resultaram em um verdadeiro show de exibicionismo técnico. Logicamente a ideia era mirar o público de séries com temática medieval, como Game of Thrones e Vikings, ainda em voga. E um público certo: o jovem. E de maneira premeditada: arregimentando os milhões de fãs que o trio Bruna Marquezine, Marina Ruy Barbosa e Tatá Werneck tem nas redes sociais – só no Instagram, juntas elas somavam quase 80 milhões de seguidores na época da finalização da novela.
Deus Salve o Rei seguiu uma linha soturna, na trama, na estética e na interpretação dos atores. Foi tudo vários tons acima: a empostação nas falas, a solenidade nos gestos, a sobriedade dos ambientes, a guerra e a peste na trama. Nem o alívio cômico escapou incólume: Tatá Werneck, Johnny Massaro e companhia não ousaram ultrapassar o humor comedido, mais sustentado em frases de efeito do que no pastelão. 

A novela, foi uma aposta que teria resultado em uma grande tragédia, não fosse a direção (da novela e da emissora) entender os caminhos equivocados e tomar rapidamente decisões para voltar atrás. O primeiro deles: a interpretação de Bruna Marquezine como a fria princesa Catarina, no início muito criticada pela postura e fala robóticas. Culpa da direção artística de Fabrício Mamberti, por seguir uma linha de interpretação teatral demais.Imediatamente a atriz foi orientada a mudar o tom e partir para uma interpretação mais naturalista, o que a fez dar a volta por cima e fez de Catarina uma das melhores personagens da novela.

Bruna não foi a única com interpretação acima do tom imposta pela direção: também Marco Nanini, com falas e gestual exageradamente solenes, Caio Blat, sempre de cara amarrada, e Rômulo Estrela, sussurrando a novela inteira. Rômulo seguiu até o fim, sussurrando, Caio deixou a produção, enquanto Nanini, depois de afastado um tempo, retornou com outro tom.
Marina Ruy Barbosa, como a outra protagonista, tinha em mãos uma personagem mais fácil. Talvez por Amália não ser nobre, a direção não tivesse exigido da atriz uma interpretação over.


Orgulho e paixão



Vale do Café, interior de São Paulo, início do século 20. Em uma sociedade onde o casamento é visto como o único futuro possível para uma jovem de boa família, Ofélia Benedito (Vera Holtz) tem muitos motivos para se preocupar. Na verdade, cinco: as cinco filhas solteiras. Apesar da reprovação do marido, Felisberto (Tato Gabus Mendes), a matriarca é capaz de fazer malabarismos e trapalhadas na busca de um bom partido para cada uma delas.

Jane (Pamela Tomé) é doce, tímida e introvertida. Quando cai de amores por alguém, é incapaz de manifestar suas paixões. Em contraste, Mariana (Chandelly Braz) é aventureira, romântica e não quer saber de casamento arranjado. A bela sonha em se encantar radicalmente pelo par ideal e se casar por amor. Já Cecília (Anaju Dorigon) vive no mundo da imaginação e da literatura. Ela é a mais caseira e está sempre cercada de livros. E Lídia (Bruna Griphão), a caçula, é o xodó da mamãe, a mais frívola, despachada e mimada das cinco irmãs. Sempre atrás de um pretendente, vive cometendo excessos, tanto na maquiagem quanto na vestimenta.

Quem não se encaixa nos padrões impostos pela mãe é Elisabeta (Nathalia Dill). A mais velha das irmãs Benedito é libertária e tem uma ousadia natural, que pode encantar ou afastar um possível pretendente. Seu comportamento é desaprovado por Ema Cavalcante (Agatha Moreira), que apesar de ser bem diferente de Elisabeta, é sua melhor amiga. Moça de família tradicional, Ema é a casamenteira oficial do Vale do Café. A chegada de dois rapazes solteiros e ricos à região é uma das razões que motivam Ema a oferecer um baile. Mas ela nem imagina que eles vieram tirar a paz do seu avô, o Barão de Ouro Verde (Ary Fontoura), e comprar-lhe o seu bem mais valioso: suas terras.

Darcy Williamson (Thiago Lacerda) é um homem imponente, com traços tão marcantes quanto sua personalidade. Nascido no Brasil, ele é filho de um industrial inglês que, ainda no Império, implantou estradas de ferro no país. Ele é sócio da mãe de Camilo Bittencourt (Maurício Destri), Julieta (Gabriela Duarte), uma mulher amargurada, marcada pelo passado, porém de muito sucesso nos negócios. A partir da morte do marido, ela ergueu um verdadeiro império com as próprias mãos, o que lhe rendeu o apelido de Rainha do Café. Para escoar a produção da matéria-prima de suas propriedades, ela conta com a expertise de Darcy, tornando essa parceria bem rentável para ambos.

Com e amizade de um irmão mais velho, Darcy cuida para que Camilo, um jovem de personalidade doce e amável, saia dos domínios de sua mãe. Assim que eles chegam ao baile de Ema, Camilo se encanta pela beleza de Jane. De outro lado, Darcy se sente intrigado com a presença marcante de Elisabeta. Em um duelo velado, os dois se testam em embates sinceros, deixando bem clara a personalidade de cada um. Esperando encontrar neste baile mulheres tediosas, Darcy fica surpreso com a presença vibrante desta jovem interiorana. O curso do relacionamento de Elizabeta e Darcy poderá ser decidido quando ele superar seu orgulho e ela se deixar levar pela paixão.


Sintuação: Orgulho e Paixão foi baseada na obra da escritora inglesa Jane Austen (1775-1817). Bernstein, comentou sobre essa inspiração:“A novela tem seus personagens inspirados no universo da autora inglesa. E dentro do raciocínio de trazer essa linguagem da literatura para a dramaturgia, eu comecei a pensar de quais obras da Jane Austen eu poderia beber na fonte. Pensei logo em Orgulho e Preconceito, que foi a primeira grande trama que eu busquei como ponto de partida para contar essa história. 

A partir da trama da mãe que busca casar as cinco filhas, de Orgulho e Preconceito, eu pude me permitir criar da minha maneira. Duas das cinco filhas são personagens de outro romance da escritora. Mariana e Cecília foram inspiradas em Razão e Sensibilidade e Abadia de Northanger, respectivamente. Temos também a personagem da Susana, que me inspirei em um breve romance da Jane, chamado Lady Susan, que é uma mulher misteriosa e ardilosa, tudo a ver com a nossa vilã. Para trazer um clima de mistério à novela, eu incluí também o ambiente da mansão A Abadia de Northanger. A governanta é Fani (Tammy di Calafiori), que vem apresentando esse suspense, e também elementos da novela Mansfield Park, que é um dos meus ingredientes em Orgulho e Paixão.” 

Na minha humilde opinião, Orgulho e Paixão foi uma das novelas mais gostosinhas de se ver nessa faixa de horário de novelas de época.


Onde nascem os fortes

Os irmãos gêmeos Maria (Alice Wegmann) e Nonato (Marco Pigossi) fazem juntos uma viagem à cidade de Sertão, terra natal da mãe deles, a engenheira química Cássia (Patricia Pillar), em busca de novas trilhas de mountain-bike. A aventura mudará suas vidas para sempre. Maria se apaixona pelo jovem paleontólogo Hermano (Gabriel Leone), filho de Rosinete (Debora Bloch) e Pedro Gouveia (Alexandre Nero) – conhecido como ‘O Rei de Sertão’ -, dono da maior fábrica de bentonita da região. Nonato desaparece sem deixar rastros após flertar justamente com a funcionária e amante de Pedro, a sedutora Joana (Maeve Jinkings).

Sintuação: Onde Nascem os Fortes foi o quinto trabalho do roteirista George Moura e do diretor José Luiz Villamarim nesta década. Juntos, eles fizeram as minisséries O Canto da Sereia (2013) e Amores Roubados (2014) e a novela O Rebu (2014) – também assinados por Sérgio Goldenberg, parceiro de Moura em Onde Nascem os Fortes – e o filme Redemoinho (2016). Moura afirmou que este é um dos trabalhos mais viscerais que a dupla já realizou.

Com reviravoltas na história, ótimos ganchos costurando os episódios, poucos núcleos, ambientes e personagens em uma trama condensada, e tramas e personagens densos, Onde Nascem os Fortes não deixou nada a desejar – em narrativa ou produção – às melhores séries estrangeiras. Ainda que calcada no folhetim (existe algo mais folhetinesco que dúvida de paternidade?), a supersérie se afastou da novela, como gênero, e se aproximou da série, como narrativa. Mas nem mesmo a audiência pouco representativa tirou o brilhantismo do projeto e o resultado final.


Depois da primeira semana de apresentação da história, Onde Nascem os Fortes passou quatro semanas com a trama girando em círculos. Com poucos núcleos, a supersérie limitou-se à caçada da polícia a Maria (Alice Wegmann) e pouco da trama avançou. Foi o período de menor audiência do programa (15, 16 pontos no Ibope da Grande São Paulo), agravada pelo horário ingrato na grade na Globo, tarde da noite e sem hora fixa diariamente para começar. Com a Copa do Mundo da Rússia, a supersérie passou a ser exibida após a novela das 9 (Segundo Sol) e a audiência subiu enquanto a trama ganhava mais agilidade. A supersérie fechou com uma média geral em torno dos 18 pontos. No último mês de exibição, a média foi de 20 pontos (21 nas duas últimas semanas).

A primeira vista, essa série não me chamou atenção... Tanto pela faixa de horário ser muito tarde quanto pelo enredo da história ser bastante cansativa....

Segundo Sol


Na década de 1990, Beto Falcão (Emilio Dantas) fez fama como cantor de axé. Mas há anos caiu no ostracismo. A namorada arrivista, Karola (Deborah Secco), se mostra impaciente com a sua falta de perspectiva para o futuro e a relação dos dois estremece. Beto ainda lida com as dívidas contraídas por Remy (Vladimir Brichta), o irmão administrador de sua carreira. O cantor aceita fazer uma apresentação em Aracaju, mas perde o voo. O avião em que iria embarcar cai no mar e Beto é dado como morto.


Sintuação: O prêmio de Manoel Carlos do ano vaai para (Aquele autor promessa que no ultimo trabalho deixou a desejar.)... o autor João Emanuel Carneiro optou pelo caminho mais fácil. A novela foi a mais irregular de sua autoria. Nada de recursos sofisticados, reviravoltas mirabolantes e ganchos surpreendentes, vistos em A Favorita, Avenida Brasil e A Regra do Jogo (seus trabalhos anteriores). Segundo Sol não poupou o público de clichês e entrechos batidos, repetições de fórmulas, personagens fragilmente construídos, que agiam conforme a necessidade do roteiro, e soluções pouco engenhosas em uma narrativa que em momento algum se dispôs a desafiar o telespectador. A mais preguiçosa novela do autor.

A produção começou provocando auê. A Salvador contemporânea como cenário, a estética solar, o revival da música axé dos anos 1990 e o ótimo sotaque na boca da maioria dos atores chamaram a atenção e fisgaram o público de imediato. O elenco bem escalado (a maior qualidade da novela) também surpreendeu. Mas foi fogo de palha. As críticas foram inevitáveis diante de furos de roteiro e uma história que foi ficando cada vez mais difícil de engolir.


As novelas as aventuras de poliana, o tempo não para e espelho da vida ainda estão no ar.Essas novelas, estrarão na Retrospectiva de 2019.




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